quinta-feira, 8 de julho de 2010

Educandos e Educadores seus Direitos e o Currículo

Educandos e Educadores seus Direitos e o Currículo

O texto apresentado por Miguel Arroyo, discute a importância de se questionar o Currículo, sugerindo que as práticas tem uma relação direta com a forma como são estruturados os currículos. Considerando educandos e educadores, sujeitos da ação educativa, ressaltando a importância do trabalho coletivo dos profissionais de educação para que se possa construir parâmetros que reflitam suas as reais ações educativas.
Segundo Arroyo, “vem crescendo as sensibilidades para com o currículo das escolas, porque percebemos que a organização curricular afeta a organização de nosso trabalho e do trabalho dos educandos”. Nesse sentido os currículos estão sistematizados dentro de cotidiano de cada escola. É possível deduzir que ao longo do ano ele é visto como uma regra a ser cumprida, por isso muitas vezes são estabelecidos métodos que não conduzem com a sua proposta, o currículo deve estar a favor da escola Educandos e educadores), não faz sentido o esforço que as escolas fazem para que o mesmo seja cumprido, se ele não reflete sua realidade. A questão do currículo não se resolve segundo autor acrescentando temas, ou inovando didáticas, a reorientação curricular deve propor mudar a lógica dos valores.
De acordo com Arroyo, responder as questões de como a organização curricular condiciona o trabalho do educador? Que organização dos currículos e da escola tornará nosso trabalho mais humano? Ao definir conteúdos tempo, disciplinas como já exposto criam-se padrões, e por mais que se negue a visão tecnicista esta cada vez mais presente, é preciso olhar o currículo não como algo estático acabado que se encerra em si, mas sim como um processo que sofre mudanças para, situar-se mais próximo de sua realidade, por isso currículo tem que ser dinâmico e flexível, para trazer questões vivenciadas pelos educandos e discuti-las e refletir sobre as mesmas, ele deve estar assim de acordo com a época e os sujeitos que se pretenda construir.
“Nossas vidas dependem do aluno que fomos, bem sucedidos ou fracassados na escola”, assim o autor sugere a importância de repensar o currículo não para que todos obtenham o sucesso, mas sim para que aqueles ditos fracassados enxerguem a forma porque não atingem o sucesso.
Em todo currículo Há uma questão fundamental e que vai guiar todas as ações por ele descritas: Que tipo de sujeito se pretende formar? Por isso ao fazer essa pergunta é preciso olhar atentamente que diz o currículo os seus pressupostos, seus objetivos eles precisam estar inteiramente em harmonia.
“A figura do aluno, e os diversos protótipos de alunos são uma invenção do sistema escolar” reforçando a idéia acima. O currículo pode pretender um tipo de sujeito que está explicito em seus pressupostos. no entanto trabalha de forma sutil uma seleção de conhecimentos para formar tipos diversos, dentre eles os que irá ocupar cargos de maior prestigio, ou funções que exijam o domínio dos conhecimentos formais e a decodificação de símbolos, e os que não se apropriando desse conhecimento estarão a serviço do mercado capitalista. Essas ações permitem classificar e hierarquizar os sujeitos.
“As reorientações curriculares ainda estão motivadas “pelas novas exigências que o mundo do mercado impõe par os jovens que nele ingressarão”. As demandas do mercado, da sociedade, da ciência, das tecnologias e competências, ou a sociedade da informática ainda são os referenciais para o que ensinar e o que aprender”


Se quisermos mudanças precisamos provocá-las, e a escola é a peça fundamental para que isso ocorra de fato, em uma entrevista do livro A ESCOLA TEM FUTURO? Miguel Arroyo UM DOS ENTREVISTADOS cita um exemplo de como a escola contribuir para humanizar o ser humano, parece contraditório, e é mesmo.ele relata o que uma militante negra lhe disse sobre a necessidade da escola “A maior parte do que aprendi na vida, em termos de minha consciência social, política como negra, como mulher, foi fora da escola [...] e completou “Mas eu não seria capaz de fazer as sínteses que hoje eu faço se não tivesse passado pela escola.” Essas palavras conseguem representar a importância da escola na construção formal e social dos indivíduos.

Um comentário:

  1. Micheline, a reflexão ficou bem interessante. Vc focalizou os aspectos mais importantes abordados pelo autor. Sugiro,apenas, que procure fazer uma relação maior com a realidade...

    Abs
    Ivan

    ResponderExcluir